segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Apesar do ai,ai,ai, Governo paga super salários a secretáros

A de­ci­são da go­ver­na­do­ra Ro­sal­ba Ciar­li­ni (DEM), em in­di­car ser­vi­do­res fe­de­rais para o pri­mei­ro e se­gun­do es­ca­lão de go­ver­no vai one­rar a folha de pa­ga­men­to, além de ir de en­con­tro ao seu dis­cur­so de re­du­zir gas­tos para ten­tar sanar as dí­vi­das que te­riam sido dei­xa­das pela ges­tão pas­sa­da.

O pa­ga­men­to de su­per­sa­lá­rios a três se­cre­tá­rios aca­ba ge­ran­do uma re­cei­ta extra para os co­fres do Go­ver­no do Es­ta­do. De acor­do com o Re­gi­me Ju­rí­di­co Único dos ser­vi­do­res da União e do De­cre­to 4.050/2001 é legal o ser­vi­dor ser ce­di­do a outro órgão - no caso o se­cre­ta­ria­do es­ta­dual - e con­ti­nuar re­ce­ben­do o mesmo sa­lá­rio do Go­ver­no Fe­de­ral. No en­tan­to, o Es­ta­do acaba sendo res­pon­sá­vel por res­sar­cir esse di­nhei­ro à União.

De acor­do com le­van­ta­men­to feito pelo CORREIO DA TARDE, a se­cre­tá­rios Be­tâ­nia Ra­ma­lho (Edu­ca­ção), Al­dair Rocha (Se­gu­ran­ça) e Be­ti­nho Ro­sa­do (Agri­cul­tu­ra) op­ta­ram por re­ce­be­r seus sa­lá­rios do Go­ver­no Fe­de­ral. Dian­te disso, eles con­ti­nua­rão com os mes­mos pro­ven­tos que re­ce­biam em suas fun­ções ori­gi­nais. Be­tâ­nia é pro­fes­so­ra da Uni­ver­si­da­de Fe­de­ral do Rio Gran­de do Norte (UFRN) e Al­dair é de­le­ga­do de Po­lí­cia Fe­de­ral e Be­ti­nho Ro­sa­do (DEM) que optou por man­ter seu sa­lá­rio de de­pu­ta­do fe­de­ral.

De acor­do com os ar­ti­gos 3 e 4, ca­be­rá aos res­pec­ti­vos mi­nis­tros das pas­tas au­to­ri­zar a ces­são dos ser­vi­do­res. Dessa forma o ser­vi­dor po­de­rá optar por re­ce­ber o sa­lá­rio que será ofe­re­ci­do pelo Es­ta­do ou man­ter o da União. Já que como ser­vi­do­res da União, eles ga­nham bem mais, os dois se­cre­tá­rios e o de­pu­ta­do Be­ti­nho Ro­sa­do op­ta­ram por ficar com os sa­lá­rios de ori­gem, con­for­me per­mi­te a le­gis­la­ção.

Em­bo­ra a de­ci­são da go­ver­na­do­ra em in­di­car os ser­vi­do­res e eles op­ta­rem pelos sa­lá­rios que re­ce­bem da União ser to­tal­men­te legal, o que vem sendo ques­tio­na­do é a ques­tão ética que en­vol­ve toda essa si­tua­ção, le­van­do em conta as cons­tantes quei­xas da go­ver­na­do­ra com re­la­ção a ne­ces­si­da­de de re­du­ção de gas­tos.

Para se ter ideia do que vai re­pre­sen­tar em au­men­to de gas­tos para o go­ver­no do Es­ta­do que ofe­re­ce um teto de R$ 8 mil aos se­cre­tá­rios, so­men­te com Be­ti­nho Ro­sa­do os cofres estaduais desembolsarão R$ 26 mil. Com Al­dair Rocha será algo em torno de R$ 20 mil, e mais cerca de R$ 12 mil com Be­tâ­nia Ra­ma­lho. Se ti­ves­se op­ta­do por in­di­car pes­soas com sa­lá­rios de R$ 8 mil, o Go­ver­no do es­ta­do gas­ta­ria ape­nas R$ 24 mil para pagar aos três de uma vez, mas como optou por cha­mar esses três nomes terá que de­sem­bol­sar em torno R$ 58 mil, um au­men­to de des­pe­sas de R$ 34 mil.

Idiarn

Além dos três se­cre­tá­rios que re­ce­be­rão super-salários, o pre­si­den­te do Idiarn, Rui Sales, que é pro­fes­sor da Uni­ver­si­da­de Fe­de­ral Rural do Semi-Árido (UFER­SA) tam­bém optou por re­ce­ber o sa­lá­rio da sua fun­ção no Go­ver­no Fe­de­ral. É outro que cus­ta­rá ao Es­ta­do mais do que os de­mais mem­bros da equi­pe de go­ver­no.

Por Fabiano Souza do Jornal Correio da Tarde

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